Formou-se em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, em 1954, fazendo parte de uma de suas primeiras turmas. Nesse período essa faculdade ainda estava ligada a um modelo historicista de arquitetura e Mendes da Rocha passou a participar de um grupo de alunos interessados na arquitetura moderna (como Jorge Wilheim e Carlos Millan).[2]

A arquitetura proposta por Vilanova Artigas o influenciou desde seu primeiro grande projeto, o ginásio do Club Athlético Paulistano. Já nessa primeira obra, Paulo projetou usando o concreto armado aparente, grandes espaços abertos, estruturas racionais, entre outros elementos que viriam a caracterizar a “Escola Paulista” supracitada.[2]

Passou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) em 1961, em meio a um intenso debate social promovido por professores e alunos. Discutiu-se naquele momento o papel social do arquiteto, o que não agradava o governo militar que se instaurou no país em 1964. Em decorrência disso, Paulo Mendes da Rocha teve seus direitos políticos cassados em 1969 junto com outros 65 professores da USP, e proibido de dar aulas.[3]

Retorna à FAU-USP apenas em 1980, como auxiliar de ensino, e mantém-se nessa posição até 1998, quando torna-se professor titular, mesmo ano em que se aposenta compulsoriamente ao completar 70 anos de idade.[3]

Desde então recebeu uma série de prêmios internacionais pela sua obra, realizada em várias partes do mundo, dentre os quais se destacam o Prêmio Mies van der Rohe para a América Latina pelo projeto de reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo (galardeado em 2001) e o Prêmio Pritzker (em 2006).

Paulo morreu em 23 de maio de 2021, aos 92 anos de idade, em um hospital de São Paulo devido a um câncer de pulmão.

 

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